quarta-feira, 27 de julho de 2011

Quem sou eu para que vejas algo em mim?






Senhor, quem sou eu para que vejas algo em mim? Do pó eu vim e ao pó irei, mas o Senhor é Eterno, Suas misericórdias duram para sempre, mesmo eu sendo pó, para o Senhor há algo em mim. Mas como? Um ser tão insignificante, que só sabe ofender Seu Criador. Oh Senhor, o que farei para Lhe agradar? Sei que não posso fazer nada, mas Tu realmente não esperas nada de mim, além do que eu possa te dar. O Senhor não pode ser pego de surpresa, pois tem contados meus dias antes de eu nascer, meus cabelos da cabeça são por Ele conhecidos, nenhum cai sem que Ele saiba. Mas eu não sei Senhor, o que fazer? Sei que Tu és a fonte de satisfação e que fora de Ti só há escuridão e mentira, mas mesmo assim me afasto de Ti! O que fazer Senhor? Tuas misericórdias são minha única esperança, Sei que Tu és Santo, e que não toleras o pecado, mas há algo em mim que sempre deseja o mal! Mesmo sabendo que Tu me ordenas a ser santo, parece que quando me santificas, logo já sou impuro de novo. Tu me lavas e eu me sujo.
Senhor, eu estou aprendendo que não posso chamar Tua atenção pelos meus próprios méritos, estou entendendo que Tu não me chamas a fazer algo impossível, que Tu não esperas de mim o que não posso te dar, que tudo que Tu esperas de mim está em Teu Filho, pois só Ele pode fazer o que te agrada, só Ele pode chamar Tua atenção, só Ele pode fazer algo por mim. Meu Deus eu te agradeço por Teu Filho, porque Ele é a fonte de tudo, tudo foi feito por Ele, então só Ele pode justificar Suas próprias coisas, incluindo eu mesmo.
Senhor me faça ver a beleza que há em Ti, eu te imploro, por favor! Mostre-me a Santidade que só em Ti há, me encha do Teu gozo, e eu nunca mais terei prazer na iniquidade. Oh Senhor preciso de uma revelação verdadeira da Tua Pessoa. Preciso me deleitar em Ti e só em Ti. Porque senão perecerei Senhor, e eu sei que esta não é tua vontade, Tu me deste a Salvação, mas também me advertiu a perseverar até o fim. Sei que isto também vem de Ti, pois não tenho força para perseverar, meu Deus, fortalece meu espírito com o Teu Espírito, destrói o poder da minha carne sobre mim com a Tua Palavra, santifica meus pensamentos com o Teu fogo purificador, guia minhas ações com a fé que vem de Ti!
 Eu te imploro em Nome do Senhor Jesus.

Amém

domingo, 24 de julho de 2011

NÃO PRECISAMOS DE NOVA REFORMA, PRECISAMOS DE UM SIMPLES RETORNO


Por Alan Capriles




Muito se tem falado da necessidade de uma nova reforma na Igreja, a exemplo da reforma protestante, ocorrida no século XVI. Parece haver cada vez mais artigos e comentários na internet acerca do assunto, o que corrobora para o fato de que existe mesmo algo de errado.


Um dos mais renomados pregadores declarou recentemente: “tenho chegado a uma conclusão inequívoca, séria, preocupante: a igreja evangélica brasileira precisa passar por uma nova reforma.” A declaração deste homem de Deus reflete o pensamento de muitos crentes que anseiam por levar a sério nossa fé em Cristo. Mas estou certo de que o termo “nova reforma” não é o mais adequado para o que estamos buscando.


O problema de se alardear acerca da necessidade de uma “nova reforma” é a idéia errada que se pode ter disso. Quando se fala em reforma, pensamos em Lutero e suas 95 teses. Logo, ao se falar em “nova reforma”, não faltam candidatos a serem “novos Luteros” e a escreverem “novas teses”. A internet está cheia disso. Mas, definitivamente, não é este o caso! Não precisamos de novos Luteros e nem sequer de novas teses.


Após muito pesquisar e meditar no assunto, estou convencido de que nós, evangélicos, não precisamos de uma nova reforma; nós precisamos é de um retorno. Um simples retorno aos cinco pilares da reforma ocorrida meio século atrás. Isto porque os desvios da igreja evangélica de hoje são semelhantes aos desvios da igreja católica na época de Martinho Lutero. Um simples retorno às bases da reforma protestante, já resolveriam grande parte do problema, senão todo o problema.


Longe de ser um retrocesso, precisamos lembrar que os princípios fundamentais da reforma, que são chamados de “cinco solas”, são essenciais para uma prática cristã genuína. O retorno a estas bases já seria suficiente para que os evangélicos retornem ao padrão bíblico de Igreja. Se não, vejamos:


SOLA SCRIPTURA


O primeiro “sola” reafirma a Escritura como inerrante e única fonte de revelação divina escrita. A Bíblia ensina tudo quanto é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.


Ao retornar para o “só a Escritura”, negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale contrariando o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de nova revelação.


Retornando ao “só a Escritura”, seriam solucionados os seguintes problemas na Igreja:


A Igreja será menos influenciada pela cultura: Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes têm mais influência naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a própria Palavra de Deus.


A Igreja deixará de ser guiada pelo homem: Sonhos, visões, revelações e novas profecias, estranhas e fora das Escrituras, têm substituído a Bíblia em muitos púlpitos chamados evangélicos. Nós vemos evangélicos correndo atrás de verdadeiros gurus espirituais, pessoas que não examinam mais as Escrituras, pessoas que mal conhecem a Palavra de Deus.


A Igreja deixará de ser pragmática: O pragmatismo é o conceito que só busca resultados: “o que dá certo, sem se preocupar com o que é certo”. Atualmente, igrejas importam modelos de crescimento numérico, que deram certo em outras igrejas, sem passá-los pelo crivo das Escrituras.


SOLUS CHRISTUS


O “Somente Cristo” reafirma que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória de Jesus Cristo. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.


Ao retornar para o “somente Cristo”, negamos que o verdadeiro evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé nele não estiver sendo incitada.


Este retorno à centralidade de Cristo solucionaria os seguintes problemas:


A pregação voltará a ser cristocêntrica: Muitas pregações da atualidade não passam de palestras de motivação recheadas de versículos escolhidos por conveniência. São mensagens temáticas, centralizadas no ser humano, na grandeza do homem, na importância do homem, para satisfazer ao homem.


Acabam os “semi-deuses”: Uma vez que Cristo é suficiente para nosso relacionamento com Deus, acaba o conceito errôneo que leva um crente a depender de um líder para receber orientação, proteção e bênçãos. Em algumas igrejas existe uma pirâmide hierárquica, que aprisiona os crentes, ao mesmo tempo em que privilegia os líderes que estão no topo.


Acabam os mediadores: Sendo lembrado que Cristo é nosso único mediador, a velha prática romana de confessar os pecados ao homem não ameaçará mais nossa doutrina. Algumas igrejas evangélicas estão voltando a esta prática medieval, que já havia sido abolida.


SOLA GRATIA


O terceiro “sola” reafirma que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual para a vida espiritual.


Ao retornar para o “somente a graça” estamos negando que a salvação seja produzida por métodos, técnicas ou estratégias humanas. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.


Este retorno à verdade da graça de Deus solucionaria os seguintes problemas:


Acabaria com os sacrifícios em troca de bênçãos: Estamos vivendo um período em que algumas igrejas chamadas evangélicas estão desenterrando as indulgências da idade média. Pessoas querem comprar as bênçãos de Deus com dinheiro, rejeitando sua graça, seu favor imerecido.


Acabaria com o comércio da fé: Há líderes hoje que fazem do púlpito um balcão, do evangelho um produto, da igreja uma empresa e dos crentes consumidores. Há igrejas que mais parecem empresas, cuja finalidade é arrecadar dinheiro, do que agências do reino de Deus, cujo propósito deve ser pregar o evangelho da graça para salvação de almas. Este comércio acontece porque muitos crentes pensam que precisam aprender um novo método, ou estratégia, para se alcançar o favor de Deus, ou para se sentirem melhores, deixando de confiar na graça de Deus.


Traria um retorno ao verdadeiro evangelho: O evangelho é a boa nova da salvação, mas esta boa nova tem sido trocada, em muitas igrejas, por outros evangelhos: o da prosperidade (aceite Jesus para ser próspero), o da saúde (aceite Jesus e seja curado) e o da auto-estima (você é tão importante que Jesus morreu por você). Na verdade, somos tão pecadores que Deus precisou enviar seu Filho para nos salvar; e isto, não porque mereçamos, mas porque Deus é amor. Isto é a graça de Deus. E isto já é o bastante para nos constranger a servi-lo e adorá-lo pelo resto de nossas vidas, sem nenhum interesse, ou segundas intenções.


SOLA FIDE


O quarto “sola” reafirma que a justificação nos é concedida pela graça, mas somente por intermédio da fé em Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.


Ao retornarmos para o “só a fé”, negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja, mas negue ou condene o “sola fide” possa ser reconhecida como igreja legítima.


O retorno a fé em Cristo como suficiente para nossa justificação e relacionamento com Deus ocasionaria:


O fim do misticismo na Igreja: Quanto misticismo no meio evangélico! Quantas pessoas botando um copo d’água em cima do rádio, ou da televisão, achando que é preciso beber daquela água para receber milagres de Deus. Quantas pessoas que crêem numa rosa ungida, num lenço ungido, num tapete de sal, em coisas que brotam do misticismo e não das Escrituras Sagradas. Nós estamos vendo muitos evangélicos prisioneiros do mesmo misticismo pagão contra o qual Lutero protestou.


O fim de práticas desnecessárias para justificação: A mensagem do evangelho de Cristo é clara: arrependimento e fé. Mas, atualmente, práticas oriundas da psicologia e do esoterismo estão substituindo a simplicidade do evangelho. Em algumas igrejas os novos convertidos precisam preencher longas listas de pecados cometidos no decorrer de toda sua vida, a fim de renunciar um por um; do contrário, não se pode afirmar que foram perdoados. Ainda se faz pior: os neófitos são submetidos a uma seção de regressão, a fim de se relembrar traumas e pecados do passado, que serão também renunciados. Em outras igrejas, os novos crentes precisam passar por uma seção de “descarrego”, ou de libertação, na qual demônios são chamados pelo nome, para que se manifestem e sejam expulsos, antes que o crente passe pelo batismo. De onde se aprendeu isto? Certamente não foi da Bíblia, que nos ensina o arrependimento e fé como únicas e suficientes condições para sermos salvos, batizados e inseridos no reino de Deus.


Uma pregação e ensino mais sólidos: Uma vez que se eliminaram os substitutos da fé, a genuína fé precisa ser gerada e edificada nos crentes. Isto só é possível mediante a pregação e o ensino teologicamente corretos da Palavra de Deus. Os pregadores e professores perceberão que precisam dedicar-se mais ao conhecimento das Escrituras e a oração, a fim de pregarem e ensinarem a verdade com a unção de Deus.


SOLI DEO GLORIA


O “só a Deus glória” reafirma que a salvação é obra de Deus, e que por isso devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.


Ao darmos glória somente a Deus, negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos a vontade de Deus em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.


O retorno a devida glorificação da qual somente Deus é digno acarretaria:


A eliminação do entretenimento em nossos cultos: Apresentações que façam do altar um palco, dos membros espectadores, dos pastores animadores de auditório, não glorificam a Deus, ainda que se use a justificativa de que é feito para Jesus. Não glorificam pelo simples fato de que o Senhor nunca nos orientou realizar tais coisas para cultuá-lo.


O fim da era das “estrelas gospel”: Nós estamos vivendo hoje, na realidade evangélica brasileira, algo inédito na história da Igreja: o culto à personalidade. Estamos vendo hoje situações em que pregadores e cantores são tratados como verdadeiros astros de cinema, cobrando cachês para participarem de cultos. Muitos crentes, ao alimentarem esta prática, estão cometendo o pecado da tietagem evangélica. Isto precisa acabar!


O culto sendo somente para Deus: É comum ouvirmos crentes dizendo se gostaram ou não do culto. Isto ocorre porque o humanismo egoísta de nossa sociedade tem influenciado a Igreja. Existe um conceito não declarado de que o culto tem que agradar ao homem, quando na realidade o culto deve ser dirigido a Deus e somente para glória de Deus.


Como se vê, não necessitamos de “novos Luteros” e de “novas teses”. Não precisamos de uma nova reforma. Precisamos apenas, e urgentemente, de um simples retorno.
Por Alan Capriles
http://alancapriles.blogspot.com/

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tentação


"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca." Mt 26.41


Meu desejo é que você, através dessa mensagem, aprenda exercer domínio e vitória sobre seu maior inimigo: O pecado. Entenda, ele é a força destruidora da Criação, ele é o mal desse e de todos os séculos, ele é a causa de todos os males da humanidade, o grande obstáculo da Igreja.
Por ele temos sido golpeados de tal forma ao ponto do cristianismo desse tempo ser praticamente mundano, veja os cristãos: estão fracos, envolvidos em escândalos, dívidas, casamentos destruídos, não têm vida de oração, não conseguem ser intrépidos nem ousados e convivem em meio a crises de todas as espécies! Sabe o porquê desse cenário em sua vida?
Seus Pecados! E assim continuará – podendo se gravar ainda mais – à medida que você continuar a cedendo a esse tão grande vilão.
Temos que estar atentos às Escrituras e observar cuidadosamente os seus ricos ensinamentos. O nosso grande problema é que lutamos demais contra o pecado! Só que a maioria só luta contra o pecado já consumado e suas consequências trágicas: tomam sempre medidas remediadoras – mas não preventivas – e é isso que Jesus está ensinando, quando diz: "para que não entreis em tentação".
É sobre isso que quero discorrer com você nesse dia: Jesus ensina uma medida preventiva, uma forma de vencer, anular ou exercer domínio sobre o pecado. Vencendo a tentação! Nenhum pecado ocorre sem primeiro sermos tentados, ninguém "peca no susto", ou "sem querer". Estou dizendo que sempre que caímos em algum pecado, fomos primeiro tentados. Pode até haver pecados inconscientes, mas não serão esses que nos condenarão com maior força.
Pergunto-te, como você está lidando com isso? Jesus ensina "vigiai", isto é, estai em alerta, acordado, apercebido, você tem sido tentado? Quem tem mexido com você? Naturalmente, você que lê pode estar passando por situações embaraçosas. Aquela pessoa está mexendo com você? Você está entrando em um jogo de sedução, seu coração está balançando por essa pessoa e você é casado, ou essa pessoa é compromissada? Cuidado você esta sendo tentado a fazer uma besteira e comprometer ambos para o resto da vida! E quanto a tentação com o dinheiro ilícito? Você tem fácil acesso a numerários, cifras, contas bancárias, caixas, senhas, transporte de dinheiro, e isso está mexendo com você? Ou, possivelmente outras vezes já caiu nesses laços e deixou essas práticas mas agora está voltando?
Tentações! Quando chega determinada hora que você está sozinho, tem vindo desejos por pornografia, o material é de fácil acesso? Vídeos, internet, revistas... logo vem à mente o desejo de apenas de dar uma olhadinha? Somos tentados por tudo: desejos de vingança, sentimentos de ódio, vontade de proferir palavras ofensivas contra outros, situações que somos tentados a denegrir uma pessoa, humilhá-la, rebaixá-la. Sabemos que todas essas coisas são nocivas à "saúde cristã", e que são totalmente reprovadas pelo SENHOR, entretanto invariavelmente falhamos!
Nossa carne corrupta é inclinada à atender todos esse impulsos, somos tentados a tudo isso, e esses desejos – "tentações" – se alojam em nossas mentes. Preste atenção na sua mente, talvez você esteja dominado por pensamentos viciosos e desejos ilícitos de ter aquela pessoa, e tocar no seu corpo, cada pedaço dele está te atraindo: o cheiro, as palavras, como se você estivesse enfeitiçado... e você está alimentando isso, entrando nesse jogo, fazendo planos e pensando em estratégias esdrúxulas. O mesmo pode ser aplicado ao dinheiro, poder, riquezas, vingança, maldades, etc. Pois tudo isso é TENTAÇAO!
Mas, se acalme! Enquanto você não atendeu nenhum desses desejos, o pecado ainda não foi consumado. Não é pecado ser tentado, pois o próprio Jesus foi tentado (Mt 4.1-11). Não será creditada nenhuma culpa a você se você for tentado. O grande segredo é você vencer a batalha nesse ponto. É você não atender o desejo ilícito, é prevenir o pecado vencendo a tentação! Pois se você vencer a tentação, você vencerá o pecado! Ao invés de ficar sempre chorando o "leite derramado", você agora vai impedir que ele se derrame, e Jesus dá as dicas:
Vigiai: Muita gente ora para não pecar, ora na luta contra o pecado, mas se esquece de vigiar! Note: o vigiar vem antes do orar, vigiar significa: se policiar, estar em alerta, guardar o coração de sentimentos, é como se Jesus dissesse: "Neste mundo, enquanto vocês estiverem nele, tudo será como um campo minado. Tenham cuidado onde pisam, pois qualquer descuido é fatal"!
Ninguém que está numa guerra – e sabe que vai atravessar um campo minado – sai correndo descontrolado – como uma criança. Antes, essa pessoa é extremamente cuidadosa. É assim que devemos andar: se sabemos que algo ou alguém está mexendo conosco, deixaremos de ver, falar, flertar com essa pessoa, deixaremos aquela repartição, mudaremos de emprego, não passaremos mais em determinado lugar, não brincaremos com nossa carne, pois o próprio Jesus disse: "Ela é fraca". E de forma alguma brincaremos com nossos sentimentos, pois são eles são "enganosos".
O que você está esperando? Apague esse número de celular da sua agenda, corte relações com essa pessoa, pare de passar por aquele caminho que te leva ao pecado, tire os olhos dessa pessoa – você ou ela são casados! Não mexa nesse dinheiro mais, pare de ficar sozinho na empresa, tire sua mão daquilo que não é seu, antes que o pior aconteça! Fazendo assim, estaremos vigiando, não dando lugar à nossa natureza, nos policiando e nos examinando o tempo todo.
Orai: A oração é importantíssima, porque Jesus ensina que a carne – a "nossa natureza" – é fraca, débil, e é facilmente levada ao erro (pecado). Contudo, uma pessoa de oração é fortalecida pelo Espírito e terá recursos que pessoas normais não têm: recursos espirituais e sobre-humanos, que exercerão domínio sobre a carne e dificilmente algum desejo a dominará, anulando assim a tentação e jamais chegando ao pecado.
O que você está esperando? Vá orar nesse momento! Desenvolva uma vida poderosa de oração e deixe de ser esse "crente fraco" que vive caído, envergonhando a Igreja, os ímpios e o seu Senhor! Vamos orar, o resto é conversa!
Com esses princípios de Jesus, você não terá desculpa de cair em pecado, dizendo: "sou fraco, a tentação está sendo ou foi muito forte e eu não suportei". Vejamos o que o apóstolo Paulo nos revela na sua carta aos Coríntios: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (1Co 10.13).
Deus conhece os limites e as fraquezas de cada um e não permite que algo desumano ou insuportável te acometa. Eu aprendo, nesta passagem, que na verdade quando pecamos é porque aceitamos pecar, decidimos pecar, os cristãos que são tentados e pecam deliberadamente são porque quiseram pecar, pois junto com a tentação Deus provê os escapes, recursos, forças, autoridade. Veja mais uma vez que ensinamento fantástico e que princípio tremendo para vencer e dominar nosso grande inimigo (o pecado),o segredo é "dominar a tentação".
Talvez você estivesse precisando exatamnete dessa palavra, talvez você nunca se atentou ou entendeu a tremenda importância de lidar com a tentação. Agora ao invés de sempre remediar, lidando com o pecado já consumado e com suas consequências desastrosas – e quão triste isso é – você aprendeu que pode prevenir o pecado antes que ele se consume.
O que você deve fazer? Interceptar o pecado! Como? Lute com as tentações. Eu sei que são muitas e que vêm de todos os lados e de todas as formas. Recorra a Deus em oração, Ele te concederá forças para que você vença todas, sempre provendo escape ao crente fiel e sincero. Aprenda a vigiar, sempre estando em alerta.
Agindo assim, você verá quantos resultados positivos irá colher e que cristão forte e poderoso poderá se tornar a partir de agora, pois Paulo escreveu : "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Rm 6.14).

Paulo Junior
Fonte: www.aliancadocalvario.com

A Malignidade do Pecado - John Flavel


Se a morte de Cristo foi aquilo que satisfez a Deus em favor de nossos pecados, existe uma infinita malignidade no pecado, visto que ele não pôde ser expiado de outro modo, senão por meio de uma satisfação infinita. Os tolos zombam do pecado, e existem poucas pessoas no mundo que se mostram verdadeiramente sensíveis a respeito de sua malignidade. No entanto, é certo que, se Deus exigisse de você a penalidade completa, os sofrimentos eternos não seriam capazes de expiar a malignidade que se encontra em um só pensamento pecaminoso. Talvez você pense que é muito severo o fato de que Deus sujeitaria as suas criaturas aos sofrimentos eternos por causa do pecado e nunca mais ficaria satisfeito com elas.
Quando, porém, você considerar bem a verdade de que o Ser contra o qual você peca é o Deus infinitamente bendito e meditar em como Ele agiu em relação aos anjos que caíram, você mudará de idéia. Oh! Que malignidade profunda existe no pecado! Se você deseja entender quão grave e horrível é o pecado, avalie seus próprios pensamentos, quer à luz da infinita santidade e excelência de Deus, que é ofendido pelo pecado; quer à luz dos sofrimentos de Cristo, que morreu para oferecer satisfação pelo pecado. Então, você obterá compreensões profundas a respeito da gravidade do pecado.

Se a morte de Cristo satisfez a Deus e, conseqüentemente, nos redimiu  da maldição do pecado, a redenção de nossa alma é caríssima. As almas são preciosas e muito valiosas diante de Deus. “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pe 1.18-19). Somente o sangue de Deus é um equivalente para a redenção de nossa alma. Ouro e prata podem redimir-nos da servidão humana, mas não podem livrar-nos da prisão do inferno. Toda a criação não vale a redenção de uma única alma. As almas são muito preciosas; Aquele que pagou o preço da redenção delas pensou nisso. Mas os pecadores vendem por um valor muito baixo as suas próprias almas. Se a morte de Cristo satisfez a Deus no que diz respeito aos nossos pecados, quão incomparável é o amor de Deus para com pobres pecadores! Se Cristo, por meio de sua morte, consumou uma plena satisfação pelo pecado, Deus pode perdoar com segurança o maior dos pecadores que crer em Jesus.



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quantos Pecados eu tenho? - C. H. Spurgeon



Quantas culpas e pecados tenho eu ?
Jó 13.23

Você já considerou quão grande é o pecado do povo de Deus? Pense na seriedade de suas próprias transgressões. Que grande coleção de ofensas existe nos mais santificado dos filhos de Deus! Multiplique o pecado de um redimido pela multidão de todos eles — uma "multidão que ninguém" pode enumerar (Apocalipse 7.9), e você obterá uma idéia sobre a grande quantidade de culpa do povo em favor do qual Jesus derramou seu sangue.

Adquirimos uma boa idéia a respeito da magnitude do pecado, por meio da apreciação da grandeza do remédio providenciado — o sangue de Jesus Cristo, o único e amado Filho, o Filho de Deus!

Os anjos depositam suas coroas diante dEle. Todas as sinfonias do céu rodeiam seu glorioso trono. Ele é "sobre todos, Deus bendito para todo o sempre" (Romanos 9.5). Apesar disso, o Senhor Jesus tomou para Si a forma de servo, foi açoitado, esmurrado, ferido e, por fim, crucificado. Nada, exceto o sangue do Filho de Deus encarnado, pôde fazer expiação pelas nossas ofensas.

Nenhuma mente humana pode estimar o valor infinito do sacrifício divino. Embora o pecado do povo de Deus seja grande, a expiação que remove os pecados deles é infinitamente maior. Portanto, mesmo quando o pecado vem sobre nós como uma inundação e a lembrança de coisas passadas é amarga, o crente pode permanecer firme diante do resplandecente trono do grande e santo Deus, clamando: "Quem os condenará? E Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou" (Romanos .8.34).

Enquanto a recordação dos pecados do crente o enche de vergonha e tristeza, ele utiliza essa recordação para manifestar o resplendor da graça de Deus. A culpa é uma noite bem escura em que a belíssima estrela do amor divino resplandece com sereno esplendor.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Caminho

  





Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” (Mateus 7 : 13-14)
            
   Quando o Senhor falou nesta passagem sobre o caminho que conduz a vida eterna e o caminho que conduz a perdição, devemos notar que o caminho que conduz à perdição é bem fácil de se enxergar, pois é largo e espaçoso. Mas por que é tão fácil enxergar este caminho? Por que chama tanto a atenção dos nossos olhos? A resposta é simples, porque este é o caminho com o qual mais nos identificamos. O caminho largo é o caminho que nos agrada, este é o caminho fácil, aquele que nós não precisaremos abandonar nada para seguir, não nos será cobrado nada nesta vida para percorrê-lo. Tudo que precisamos fazer é andar e se deleitar nas facilidades que nos serão oferecidas pelo caminho, tudo será fácil, não há leis, não há regras! Mas ao percorrer o caminho largo, haverão algumas consequências inevitáveis, pois para toda ação há uma reação:

   "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará." (Gálatas 6 : 7)

   Nessa sociedade em que vivemos, parece que tudo que vemos é inclinado para o mal, não há nada que não tenha um toque de malícia, desde pensamentos até ações, tudo é contaminado pela maldade. Não é necessário ser um estudioso da Bíblia, para se notar que tudo se corrompe mais e mais a cada dia, o amor se esfriou e tudo que vemos é a consequência do que Paulo diz aos Gálatas.

   “Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” (Gálatas 6 : 8)

   Semear na carne é seguir o caminho largo do qual falou nosso Senhor, é dar vasão ao que temos dentro de nós, é simplesmente viver a vida sem se preocupar com as consequências, se preocupar apenas consigo mesmo, e com as suas vontades, “Eu primeiro” esse é o lema que sempre predominou na raça humana, esse é o lema que vigora (ou tenta vigorar), dentro de mim e de você, pois não pense que há algo bom dentro de nós seres humanos, pois este é o maior erro apregoado por todas as filosofias e religiões, inclusive algumas que se dizem “cristãs”.

   “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.” (Romanos 3 : 10-18)

   Mas se não há nada de bom em nós, como seguir o caminho estreito? Pois a minha vontade é sempre inclinada para o mal, então nunca conseguirei, é muito difícil! Realmente, nunca conseguiremos seguir este caminho por méritos próprios, mas devemos atentar para o fato de que nosso Senhor falou, que embora sejam poucos os que entram pelo caminho estreito, haverão alguns. Mas se não é por mérito próprio, por mérito de quem será?

   “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.” ( Romanos 3 : 23-28)

   O padrão de Deus para um homem é nosso Senhor Jesus Cristo, pois foi o único homem que conseguiu cumprir as exigências de Deus por méritos próprios, pois não era um homem comum, mas o próprio Deus em forma de homem. Concluímos então que para entrarmos pelo caminho estreito, devemos ser iguais a Jesus, pois o caminho estreito nada mais é que o caminho de Deus, o qual Jesus foi o primeiro a passar, e por méritos próprios.
  
   “Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação. Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O SENHOR forte e poderoso, o SENHOR poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória.” (Salmos 24 : 3-10)

   Mas este é um padrão muito elevado, jamais vou conseguir! Novamente, por mérito próprio jamais conseguiremos, mas Deus não pede que façamos isto por mérito próprio, pois é impossível. Mas Ele nos concede Graça e Misericórdia através do Seu Filho Unigênito, mesmo que não merecêssemos, Ele nos dá a Salvação, não por mérito nosso, pois não há nada de bom em nós, mas por mérito do Seu Filho, o qual nos amou tanto, que Se entregou a Si mesmo, como sacrifício Santo e agradável ao Pai.

   "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos." (Isaías 53 : 6)

   Graças a Deus por Jesus, pois através dEle temos a justificação pelos pecados, e a fórmula para passar pela porta estreita: Sermos seus imitadores em tudo!
 Senhor, graças te damos pois Tu revelaste estas coisas a nós pequeninos. Obrigado Senhor!