terça-feira, 18 de outubro de 2011

180, o filme - 33 minutos que mudarão sua opinião sobre o aborto


Living Waters produziu recentemente um documentário fantástico sobre aborto. São 33 minutos que farão você pensar sobre o assunto. Cabe lembrar que o filme possui algumas cenas fortes, então recomendamos cuidado. Por fim, esperamos que você valorize a vida humana ainda mais após vê-lo.
ATENÇÃO: você precisa ativar a legenda do Youtube em português para poder vê-la.





Fonte: Voltemos ao Evangelho

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

VOCÊ CONHECE JESUS CRISTO COMO SEU SALVADOR?

Você conhece Jesus Cristo como seu Salvador?



Você conhece Jesus Cristo como seu Salvador? Ele é o seu Redentor?
Talvez você participe dos cultos de uma boa igreja evangélica. É possível que tenha lido vários trechos da Bíblia e talvez tenha em sua biblioteca livros sobre a vida cristã. Já ouviu falar do Evangelho e da salvação. Pode até ser que você seja batizado e professe estar entre os salvos.
E mesmo assim, apesar da aparência exterior, pode ser que você ainda não siga a Cristo, pois Ele ainda não é seu Senhor. Independente da sua situação religiosa, peço que considere por um momento: você já foi perdoado por Cristo?
Onde há perdão, houve primeiramente uma ofensa. É fundamental que entendamos que nosso pecado é a nossa maior ofensa contra Deus. Recomendo a leitura do capitulo 9 de Esdras pois neste capitulo, ele confessa seu pecado junto com o pecado do povo de Israel. Lemos a partir do versículo 5: “Me pus de joelhos, e estendi as minhas mãos para o SENHOR meu Deus; e disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus. Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje estamos em grande culpa…” A atitude de Esdras demonstra que ele enxergava seus pecados como sendo ofensivos ao próprio Deus santo. Esdras não fez de conta que seus pecados eram ocultos ou discretos e nem ainda uma “escolha pessoal”, mas admite que “nossa culpa tem crescido até aos céus“. Nossa culpa é vista por Deus, pois vivemos todo dia perante Seus olhos. O próprio Esdras reconheceu, “Eis que estamos diante de ti, na nossa culpa” (Esdras 9.5). O Rei Davi admitiu “Fiz o que é mal à tua vista” (Salmos 51.3) e o profeta Isaias confessou, “as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós” (Is 59.12).
Essa culpa “que tem crescido até aos céus” é o efeito colateral do pecado. A culpa nos lembra a cada momento da condenação justa por causa do pecado. Carregamos o peso da punição vindoura, temendo um encontro com o Deus Justo depois da morte. “Todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hb 2.15). E com toda razão, afinal a Bíblia não poupa palavras quando descreve a punição eterna daqueles que zombam de Deus:“Este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira” (Apocalipse 14.10a).
Antes de ser salvo, é necessário que você perceba o quão perdido você é nos seus pecados. Somente o náufrago clama por socorro. Você já chegou a se ver culpado diante do seu Criador? Chegou a admitir, “Fui pesado na balança da perfeição divina e tenho sido achado em falta”? Já confessou, “estou destituído da glória de Deus”?
Se você está carregando o peso da condenação, as boas novas do Evangelho serão como água para sua alma sedenta. Aqueles que são corroídos pela podridão do pecado acharão restauração em Cristo. Ele diz: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede” (João 6.35). Este versículo diz a respeito à satisfação. Deus foi satisfeito com o sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Cristo se satisfaz em remir pobres desgarrados e nós somos satisfeitos com a regeneração das nossas almas. Certamente, quem corre a Cristo, encontra satisfação eterna. Como não ser satisfeitos quando experimentamos que “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Cor 5.17)? O Salmista escreveu, alegre e satisfeito: “Tu limpas as nossas transgressões. Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos fartos da bondade da tua casa e do teu santo templo ” (Salmos 65.3,4).
Somos lavados das nossas transgressões! Cada detalhe do pecado é expurgado pelo sangue de Cristo. O sacrifico de Cristo é tão completamente imerecido e tão maravilhosamente completo. O Filho de Deus fez-se carne para resgatar-nos da nossa carnalidade. Ele deu sua vida na cruz para assim dar vida aos acusados. O Justo morreu pelos injustos. Foi paga a minha divida, pois o Filho de Deus aceitou morrer a minha morte na cruz aonde eu deveria ter sido crucificado. Claramente entendemos: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28). Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, tomou sobre Si a ira de Deus para que – morto e ressurreto – fosse a salvação completa dos mais indignos pecadores.
Pergunto: você está satisfeito em Cristo? A sua alma repousa nele? Ou está ainda a procura de outro consolo além de Cristo?
Talvez você esteja confusa em como chegar a Cristo. Vejamos novamente a oração de Esdras, em Esdras capitulo 9. Perceba como ele reconheceu sua vergonha e iniquidade no versículo 6,  confessou sua culpa no versículo 7 e por fim agarra-se à graça de Deus no versículo 8: “Agora, por um pequeno momento, se manifestou a graça da parte do SENHOR, nosso Deus, para nos deixar alguns que escapem, e para dar-nos uma estaca no seu santo lugar; para nos iluminar os olhos, ó Deus nosso, e para nos dar um pouco de vida na nossa servidão” (Esdras 9.8). A graça de Deus tem se manifestada, permitindo que nós – presos na servidão ao pecado – possamos escapar da culpa e da condenação. É um escape imerecido, pago na integra por Cristo. Boas intenções, ofertas financeiras ou serviço dedicado não alcançarão o que a graça de Deus alcança por nós: um escape!
Como então ir a Cristo? Correndo. Como confiar nele? Inteiramente. Como rogar Sua misericórdia? Confessando seus pecados e crendo que Ele providenciou um escape. Devemos agarrar esta verdade: “Na nossa servidão não nos desamparou o nosso Deus; antes estendeu sobre nós a sua benignidade…para que nos desse vida” (Esdras 9.9).
Agora não seria a hora de buscar essa benignidade de Deus? Onde quer que você esteja, não seria agora o momento de buscar um tempo à sós, e, de joelhos dobrados e coração quebrantado, rogar que Deus lave sua alma no sangue de Cristo? Estas palavras deviam ser suas: “Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto” (Salmos 51.9,10).
Nós nos preocupamos com a mensagem da salvação porque não temos outra mensagem a anunciar a não ser: “Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores” (1Timóteo 1.15). É bom ler artigos, é ótimo ouvir palestras e excelente investir em bons livros. Mas nada valerá a pena se em primeiro lugar você não tem buscado o perdão de Deus aos pés da cruz.
Pergunto novamente: você conhece Cristo como seu Salvador?


Fonte:  http://www.blogfiel.com.br

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

HOMEM PERFEITO

Era uma vez um homem que ao se olhar em um espelho, viu refletida a sua própria imagem, desde então ele procurava alguém que se assemelha-se a sua imagem, ou seja para ele o que ele queria ver era a semelhança de sua perfeição, pois, era o padrão correto para ele, visto que buscava entre os outros alguém que satisfizesse sua expectativa, andou por vários lugares atrás dessa pessoa perfeita, para que seu relacionamento com essa pessoa pudesse fazer-lhe feliz, a necessidade de conversar com alguém “perfeito” como ele, cada vez o deixava realmente frustrado.
Por que era tão difícil achar essa pessoa? Buscar um homem que seja igual a si para haver um relacionamento aprazível estava se tornando difícil . Essa busca não chegava ao fim, porque o homem não compreendia que a perfeição que ele buscava não estava na sua semelhança física com as outras pessoas, e sim na semelhança que haveria de existir no interior de cada um, e essa semelhança só pode existir se as projeções dos objetivos de cada um não for idêntico ao do outro; não temos capacidade de conviver com alguém exatamente como nós, as diferenças são necessárias para podermos interagir, com o aprendizado das experiências vividas pelo outro, as quais nos mostrarão uma perspectiva diferente das coisas na forma que as vemos.
Era uma vez um homem que encontrou em seu semelhante, a imagem de alguém que era totalmente diferente de si mesmo, embora fisicamente ser dotado dos mesmos órgão e membros, sua semelhança não o tornava igual, mas ao conversar com esse semelhante descobriu que a essência da qual foram criados vinha da mesma fonte de poder criador. Então o primeiro homem da nossa história, aquele que buscava a perfeição em si e naqueles que o cercavam, esse homem comparado com o segundo foi ofuscado pelo descobrimento de que homens perfeitos não existem e que pessoas com os mesmos pensamentos não existem, e que a existência de uma formula para conviver com pessoas perfeitas é utopia . Toda vez que olhamos para o espelho nós visualizamos uma máscara que formamos em torno de um a alma e um espírito. Se entendermos que a busca por coisas ou pessoas perfeitas é tempo perdido, vamos qualificar nossas buscas para o que realmente interessa, ou seja, aquilo que venha suprir uma grande necessidade da nossa vida , que é o preenchimento de lacunas nas nossas vidas, que só podem ser supridas por conteúdos espirituais. Na medida em que este personagem deste relato for se dando conta que ele não é o centro de sua busca e sim um interagente do meio em que vive, verá a possibilidade de encontrar a pessoa perfeita, não será caminhando de um lado para o outro ou correndo para várias direções, mas sim parando e deixando que esse ser perfeito venha até ele. Mas como? Se já experimentou em sua busca todos os tipos de questionamentos , já cutucou toda experiencia possível, então, quando conhecerá esse ser perfeito? Resposta; quando tirar seu Eu do centro de sua busca e colocar Deus nessa posição tão desejada por ele, ora, o homem quando quer encontrar a perfeição em si, ou em homens, se frustra. Pois, o homem é criatura, não tem poder criador, só O Deus todo poderoso é perfeito, Ele criou o homem, mas com falhas, sujeito a falhas e dependente de Deus para todas as coisas, não há possibilidade de buscarmos em nós ou em outro ser humano aquilo que Deus reservou para si próprio, pois Ele para provar ao homem imperfeito, que esse era imperfeito, gerou Jesus, de uma forma humana, mas com essência de sua deidade, na qual todo ser que professa sua fé em Jesus Cristo tenta se espelhar, mesmo sabendo e compreendendo a impossibilidade de ser tal qual é Jesus, é o mais próximo da perfeição que um homem pode chegar. Sendo assim.
Era uma vez um homem chamado Jesus que era e é perfeito... o resto, é ficção.


Fonte: Blog do Irmão Ermes http://irmaoermesblogger.blogspot.com

sábado, 20 de agosto de 2011

O Mito do Livre Arbítrio- Water Chantry



Walter Chantry, nascido em 1938, foi pastor da Grace Baptist Church em Carlisle, PA, EUA por 39 anos, até o ano de 2002. Chantry recebeu seu Mdiv pelo seminário teológico Westminster, PA, foi editor da revista “The Banner of Truth” e é escritor e preletor em conferências teológicas.

A maioria das pessoas diz que crê no “livre-arbítrio”. Você tem alguma idéia do que isso significa? Acredito que você achará grande quantidade de superstição sobre este assunto. A vontade é louvada como o grande poder da alma humana, que é completamente livre para dirigir nossa vida. Mas, do que ela é livre? E qual é o seu poder?


O mito da liberdade circunstancial


Ninguém nega que o homem tem vontade – ou seja, a capacidade de escolher o que ele quer dizer, fazer e pensar. Mas, você já refletiu sobre a profunda fraqueza de sua vontade? Embora você tenha a habilidade de fazer uma decisão, você não tem o poder de realizar seu propósito. A vontade pode planejar um curso de ação, mas não tem nenhum poder de executar sua intenção.

Os irmãos de José o odiavam. Venderam-no para ser um escravo. Mas Deus usou as ações deles para torná-lo governador sobre eles. Escolheram seu curso de ação para fazer mal a José. Mas, em seu poder, Deus dirigiu os acontecimentos para o bem de José. Ele disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem” (Gn 50.20).

E quantas de nossas decisões são terrivelmente frustradas? Você pode escolher ser um milionário, mas a providência de Deus talvez o impedirá. Você pode decidir ser um erudito, mas a saúde ruim, um lar instável ou a falta de condições financeiras podem frustrar sua vontade. Você escolhe sair de férias, mas, em vez disso, um acidente de automóvel pode enviar-lhe para o hospital.

Por dizer que sua vontade é livre, certamente não estão queremos dizer que isso determina o curso de sua vida. Você não escolheu a doença, a tristeza, a guerra e a pobreza que o têm privado de felicidade. Você não escolheu ter inimigos. Se a vontade do homem é tão poderosa, por que não escolhemos viver sem cessar? Mas você tem de morrer. Os principais fatores que moldam a sua vida não se devem à sua vontade. Você não seleciona sua posição social, sua cor, sua inteligência, etc.

Qualquer reflexão séria sobra a sua própria experiência produzirá esta conclusão: “O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Pv 16.9). Em vez de exaltar a vontade humana, devemos humildemente louvar o Senhor, cujos propósitos moldam a nossa vida. Como Jeremias confessou: “Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos” (Jr 10.23).

Sim, você pode escolher o que quer e pode planejar o que fará, mas a sua vontade não é livre para realizar qualquer coisa contrária aos propósitos de Deus. Você também não tem o poder de alcançar seus objetivos, mas somente aqueles que Deus lhe permite alcançar. Na próxima vez que você tiver tão enamorado de sua própria vontade, lembre a parábola de Jesus sobre o homem rico. O homem rico disse: “Farei isto: destruirei os meus celeiros,reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens... Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma” (Lc 12.18-21). Ele era livre para planejar, mas não para realizar. O mesmo acontece com você.


O mito da liberdade ética


A liberdade da vontade é citada como um fator importante em tomar decisões morais. Diz-se que a vontade do homem é livre para escolher entre o bem e o mal. Novamente temos de perguntar: do que ela é livre? E o que a vontade do homem é livre para escolher?

A vontade do homem é o seu poder de escolher entre alternativas. Sua vontade decide realmente suas ações dentre várias opções. Você tem a capacidade de dirigir seus próprios pensamentos, palavras e atos. Suas decisões não são formadas por uma força exterior, e sim dentro de você mesmo. Nenhum homem é compelido a agir em contrário a sua vontade, nem forçado a dizer o que ele não quer dizer. Sua vontade guia suas ações.

Isso não significa que o poder de decidir é livre de todas as influências. Você faz escolhas baseado em seu entendimento, seus sentimentos, nas coisas de que gosta e de que não gosta e em seus apetites. Em outras palavras, a sua vontade não é livre de você mesmo! As suas escolhas são determinadas por seu caráter básico. A vontade não é independente de sua natureza, e simescrava dela. Suas escolhas não moldam seu caráter, mas seu caráter guia suas escolhas. A vontade é bastante parcial ao que você sabe, sente, ama e deseja. Você sempre escolhe com base em sua disposição, de acordo com a condição de seu coração.

É por essa razão que a sua vontade não é livre para fazer o bem. Sua vontade é serva de seu coração, e seu coração é mau. “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5). “Não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.12). Nenhum poder força o homem a pecar em contrário à sua vontade; os descendentes de Adão são tão maus que sempre escolhem o mal.

Suas decisões são moldadas pelo seu entendimento, e a Bíblia diz sobre todos os homens: “Antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Rm 1.21). O homem só pode ser justo quando deseja ter comunhão com Deus, mas “não há quem busque a Deus” (Rm 3.11). Seus desejos anelam pelo pecado, e, por isso, você não pode escolher a Deus. Escolher o bem é contrário à natureza humana. Se você escolher obedecer a Deus, isso será resultado de compulsão externa. Mas você é livre para escolher, e sua escolha está escravizada à sua própria natureza má.

Se carne fresca e salada fossem colocadas diante de um leão faminto, ele escolheria a carne. Isso aconteceria porque a natureza do leão dita a escolha. O mesmo se aplica ao homem. A vontade do homem é livre de força exterior, mas não é livre das inclinações da natureza humana. E essas inclinações são contra Deus. O poder de decisão do homem é livre para escolher o que o coração humano dita; portanto, não há possibilidade de um homem escolher agradar a Deus sem a obra anterior da graça divina.

O que muitas pessoas querem expressar quando usam o termo livre-arbítrio é a idéia de que o home é, por natureza, neutro e, por isso, capaz de escolher o bem ou o mal. Isso não é verdade. A vontade humana e toda a natureza humana é inclinada continuamente para o mal. Jeremias perguntou: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jr 13.23). É impossível. É contrário à natureza. Portanto, os homens necessitam desesperadamente da transformação sobrenatural de sua natureza, pois sua vontade está escravizada a escolher o mal.

Apesar do grande louvor que é dado ao “livre-arbítrio”, temos visto que a vontade do homem não é livre para escolher um curso contrário aos propósitos de Deus, nem é livre para agir em contrário à sua própria natureza moral. A sua vontade não determina os acontecimentos de sua vida, nem as circunstâncias dela. Escolhas éticas não são formadas por uma mente neutra, são sempre ditadas pelo que constitui a sua personalidade.


O mito da liberdade espiritual


No entanto, muitos afirmam que a vontade humana faz a decisão crucial de vida espiritual ou de morte espiritual. Dizem que a vontade é totalmente livre para escolher a vida eterna oferecida em Jesus ou rejeitá-la. Dizem que Deus dará um novo coração a todos que, pelo poder de seu próprio livre-arbítrio, escolherem receber a Jesus Cristo.

Não pode haver dúvida de que receber a Jesus Cristo é um ato da vontade humana. É freqüentemente chamado de “fé”. Mas, como os homens chegam a receber espontaneamente o Senhor? A resposta habitual é: “Pelo poder de seu próprio livre-arbítrio?” Como pode ser isso? Jesus é um Profeta – e receber a Jesus significa crer em tudo que ele diz. Em João 8.41-45, Jesus deixou claro que você é filho de Satanás. Esse pai maligno odeia a verdade e transmitiu, por natureza, essa mesma propensão ao seu coração. Por essa razão, Jesus disse: “Porque eu digo a verdade, não me credes”. Como a vontade humana escolherá crer no que a mente humana odeia e nega?

Além disso, receber a Jesus significa aceitá-lo como Sacerdote – ou seja, utilizar-se dele e depender dele para obter paz com Deus, por meio de seu sacrifício e intercessão. Paulo nos diz que a mente com a qual nascemos é hostil a Deus (Rm 8.7). Como a vontade escapará da influência da natureza humana que foi nascida com uma inimizade violente para com Deus? Seria insensato a vontade escolher a paz quando todo as outras partes do homem clamam por rebelião.

Receber a Jesus também significa recebê-lo como Rei. Significa escolher obedecer seus mandamentos, confessar seu direito de governar e adorá-lo em seu trono. Mas a mente, as emoções e os desejos humanos clamam: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14). Se todo o meu ser odeia a verdade de Jesus, odeia seu governo e odeia a paz com Deus, como a minha vontade pode ser responsável por receber a Jesus? Como pode um pecador que possui tal natureza ter fé?

Não é a vontade do homem, e sim a graça de Deus, que tem ser louvada por dar a um pecador um novo coração. A menos que Deus mude o coração, crie um novo espírito de paz, veracidade e submissão, a vontade do homem não escolherá receber a Jesus Cristo e a vida eterna nele. Um novo coração tem de ser dado antes que um homem possa escolher, pois a vontade humana está desesperadamente escravizada à natureza má do homem até no que diz respeito à conversão. Jesus disse: “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (Jo 3.7). A menos que você nasça de novo, jamais verá o reino de Deus.

Leia João 1.12-13. Essa passagem diz que aqueles que crêem em Jesus foram nascidos não “da vontade do homem, mas de Deus”. Assim como a sua vontade não é responsável por sua vinda a este mundo, assim também ela não é responsável pelo novo nascimento. É o seu Criador que tem de ser agradecido por sua vida. E, “se alguém está em Cristo, é nova criatura” (2 Co 5.17). Quem escolheu ser criado? Quando Lázaro ressuscitou dos mortos, ele pôde, então, escolher obedecer o chamado de Cristo, mas ele não pôde escolher vir à vida. Por isso, Paulo disse em Efésios 2.5: “Estando nós mortos em nossos delitos, [Deus] nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos” (Ef 2.5). A fé é o primeiro ato de uma vontade que foi tornada nova pelo Espírito Santo. Receber a Cristo é um ato do homem, assim como respirar, mas, primeiramente, Deus tem de dar a vida.

Não é surpreendente que Martinho Lutero tenha escrito um livro intitulado A Escravidão da Vontade, que ele considerava um de seus mais importantes tratados. A vontade está presa nas cadeias de uma natureza humana má. Você que exalta, com grande força,  o livre-arbítrio está se agarrando a uma raiz de orgulho. O homem, caído no pecado, é totalmente incapaz e desamparado. A vontade do homem não oferece qualquer esperança. Foi a vontade, ao escolher o fruto proibido, que nos colocou em miséria. Somente a poderosa graça de Deus oferece livramento. Entregue-se à misericórdia de Deus para a sua salvação. Peça ao Espírito de Graça que crie um espírito novo em você.


Traduzido por: Wellington Ferreira
Copyright© Walter Chantry
©Editora Fiel
Traduzido do original em inglês: The Myth of Free Will extraído do site: www.the-highway.com/Myth.html

terça-feira, 2 de agosto de 2011

PREDESTINAÇÃO OU LIVRE ARBÍTRIO ?





Muito se tem discutido sobre este tema, desde os primórdios da Igreja, e os formadores de opiniões sempre tentaram se basear na Bíblia para fundamentar suas teorias. Não irei falar aqui a favor do Calvinismo ou do Arminianismo, pois há quem faça isto. Mas me basearei somente na Palavra de Deus, pois é a única fonte de Sabedoria em que devemos nos fundamentar.
A primeira situação que quero expor, é sobre o que ocorreu no Jardim do Édem, quando o homem desobedeceu seu Criador e tomou do fruto da árvore proibida.
Deus deu entendimento ao homem, creio que o ser humano antes da Queda tinha a inteligência perfeita, sem a corrupção do pecado, falava pessoalmente com o Criador, portanto tinha plena noção do que aconteceria se desobedessesse, tinha entendimento de que morreria se tomasse do fruto, sabia que morreria fisicamente e espiritualmente, pois não teria mais contato direto com o Criador. Mas algo aconteceu, a serpente tentou Eva, e lhe mentiu, dizendo que de fato não morreriam se tomassem do fruto e o provassem, mas seriam como Deus, conhecedores do bem e do mal.
O diabo é o pai da mentira, portanto o primeiro mentiroso, o violador das verdades de Deus, aquele que quis ser semelhante a Deus, sendo uma simples criatura. Ele viu que Deus tinha feito o homem, e logo pediu permissão para tentá-lo, é lógico que Deus não foi pego de surpresa, já sabia que o homem iria cair, e já tinha toda a Redenção planejada. Mas agora eu pergunto, se Deus sabia que o homem iria cair, pois sabe todas as coisas, por que não impediu?
O Senhor não faz nada sem um propósito, e a Sua vontade é soberana, Ele não foi pego de surpresa, e tudo que Ele faz é para demonstar Sua glória como único Deus e Criador de todas as coisas, a Queda foi algo que estava em Seus propósitos, tudo que acontece é porque Ele permite. Mas nós não entendemos os caminhos de Deus, pois para nós tudo deve parecer lógico e racional conforme a nossa perspectiva humana, para nós tudo está debaixo da nossa vontade, mas não entendemos que Deus é muito mais elevado, e Seus planos e projetos jamais são frustrados, nem pelo homem, nem por qualquer outra criatura.
Dizer que o homem pecou e destruiu os planos de Deus, é como dizer que Deus não pôde conter a vontade humana, e foi impotente na questão da Queda da criação. Mas se olharmos a Bíblia em todas as passagens em que Deus se mostra Soberano e se faz conhecer ao mundo, veremos que Ele não está sujeito a vontade humana, e que Ele endurece a quem Ele quer, para que Seus planos sejam cumpridos, vemos o caso do Faraó, em que Deus endurece seu coração, para que Israel veja que foi Deus quem os libertou, e não a vontade de Faraó. Outro exemplo no Novo Testamento, Jesus escolhe Paulo, e o transforma de maior perseguidor de cristãos, a Apóstolo dos gentios, e vemos que Paulo não teve escolha, pois o plano do Senhor jamais pode ser frustrado.
Deus não pode ser frustrado mas aparentemente ao nosso ponto de vista, tudo que Deus faz é achar uma forma de consertar nossos erros, parecendo que estamos sempre estragando Seus planos de perfeição. Creio que tudo que fazemos é porque Deus permite, e mesmo que seja algo que vá contra os principios de Deus, Ele de alguma maneira sempre transforma em algo que mostre a Sua glória e tenha glória para Si.
Mas então foi Deus quem endureceu o coração do homem, para que o desobedessesse e através disso Ele mostrasse Sua glória? Creio que na questão da Queda, o Ser humano tem total culpa de haver caído, mas Deus, apesar de nunca ser pego de surpresa e todas as coisas serem para Sua glória, não tem culpa do Ser humano haver caido, pois não tenta a ninguém. Aparentemente pode parecer uma contradição isto, mas devemos ter em mente que nós não podemos compreender tudo, e que a nossa forma de ver as coisas, é imperfeita e corrompida, e mesmo que pareça contradição, não é, pois as coisas encobertas pertencem a Deus, nossas mentes não compreendem, pois são limitadas, pelo próprio Deus.
Há quem atribua à Queda do homem, o chamado Livre Arbítrio, a teoria que atribui ao homem o poder de decidir se quer ou não obedecer a Deus. Na minha opinião, esta teoria nada mais é do que uma forma humana de fazer o homem se sentir responsável por tudo que acontece, nada mais é do que o ser humano se orgulhando de que Deus nem ninguém pode fazer nada para o impedir, pode parecer estranho mas quem pensa que tem poder sobre si mesmo, ainda que se diga cristão e salvo pela graça, nega a graça ao afirmar que Deus não tem poder para salvá-lo, se ele não quiser.
"Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)," (Efésios 2 : 5)

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." (Efésios 2 : 8)

Livre Arbitrio não é a chave para compreendermos questões como a Queda do homem, pois nega a Soberania de Deus, e nega a Palavra de Deus, que diz que NINGUÉM busca a Deus, e se ninguém busca a Deus, não há Livre Arbítrio, pois os salvos pela obra redentora de Jesus, são escolhidos por Deus, Eleitos por Ele, Predestinados à Salvação.

"E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou." (Romanos 8 : 30)

E afirmar que Deus escolheu os salvos pois olhou no futuro para saber quem o iria escolher, é negar que Deus é Soberano em todas as escolhas e situações, e depende da nossa vontade para fazer Sua obra, sendo que a nossa vontade é sempre inclinada para o mal.

Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.”
(Romanos 3 : 10 -12)

Agora eu pergunto uma coisa: digamos que Deus depende da vontade humana, e que Jesus veio e morreu para nossa salvação e reconciliação com Deus, se Deus não escolhe quem será salvo, então Jesus morreu em vão? Baseado na teoria do Livre Arbítrio sim, pois a Palavra diz que não há quem busque a Deus, não há nenhum sequer.
Concluimos então baseados nas Escrituras, que a Predestinação é a obra de Deus na Salvação do homem, sendo que o mesmo é incapaz de se voltar para Deus, pois é corrupto e totalmente inclinado para o mal, necessitando da total misericórdia do Criador para ser salvo.
Este tema é bastante complexo e dificil de ser abordado. Com certeza há muitas pessoas que compreendem melhor o assunto, e tenham melhores maneiras de expô-lo. Creio que se pedirmos ao Senhor Ele nos concederá sabedoria e paciência, para que no Seu devido tempo, venhamos a compreender melhor este assunto, que gera tantas polêmicas. Penso eu que a melhor ótica de ver as coisas é a do Senhor, pois é perfeita. Nós seres humanos sempre tendemos a distorcer as coisas.
Que o Senhor nos conceda a Sua maneira de ver tudo, e que venhamos a compreender Sua Palavra, pois a Verdade é uma só: A que sai da boca de Deus, que não é homem para mentir.

Graça e Paz.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Quem sou eu para que vejas algo em mim?






Senhor, quem sou eu para que vejas algo em mim? Do pó eu vim e ao pó irei, mas o Senhor é Eterno, Suas misericórdias duram para sempre, mesmo eu sendo pó, para o Senhor há algo em mim. Mas como? Um ser tão insignificante, que só sabe ofender Seu Criador. Oh Senhor, o que farei para Lhe agradar? Sei que não posso fazer nada, mas Tu realmente não esperas nada de mim, além do que eu possa te dar. O Senhor não pode ser pego de surpresa, pois tem contados meus dias antes de eu nascer, meus cabelos da cabeça são por Ele conhecidos, nenhum cai sem que Ele saiba. Mas eu não sei Senhor, o que fazer? Sei que Tu és a fonte de satisfação e que fora de Ti só há escuridão e mentira, mas mesmo assim me afasto de Ti! O que fazer Senhor? Tuas misericórdias são minha única esperança, Sei que Tu és Santo, e que não toleras o pecado, mas há algo em mim que sempre deseja o mal! Mesmo sabendo que Tu me ordenas a ser santo, parece que quando me santificas, logo já sou impuro de novo. Tu me lavas e eu me sujo.
Senhor, eu estou aprendendo que não posso chamar Tua atenção pelos meus próprios méritos, estou entendendo que Tu não me chamas a fazer algo impossível, que Tu não esperas de mim o que não posso te dar, que tudo que Tu esperas de mim está em Teu Filho, pois só Ele pode fazer o que te agrada, só Ele pode chamar Tua atenção, só Ele pode fazer algo por mim. Meu Deus eu te agradeço por Teu Filho, porque Ele é a fonte de tudo, tudo foi feito por Ele, então só Ele pode justificar Suas próprias coisas, incluindo eu mesmo.
Senhor me faça ver a beleza que há em Ti, eu te imploro, por favor! Mostre-me a Santidade que só em Ti há, me encha do Teu gozo, e eu nunca mais terei prazer na iniquidade. Oh Senhor preciso de uma revelação verdadeira da Tua Pessoa. Preciso me deleitar em Ti e só em Ti. Porque senão perecerei Senhor, e eu sei que esta não é tua vontade, Tu me deste a Salvação, mas também me advertiu a perseverar até o fim. Sei que isto também vem de Ti, pois não tenho força para perseverar, meu Deus, fortalece meu espírito com o Teu Espírito, destrói o poder da minha carne sobre mim com a Tua Palavra, santifica meus pensamentos com o Teu fogo purificador, guia minhas ações com a fé que vem de Ti!
 Eu te imploro em Nome do Senhor Jesus.

Amém

domingo, 24 de julho de 2011

NÃO PRECISAMOS DE NOVA REFORMA, PRECISAMOS DE UM SIMPLES RETORNO


Por Alan Capriles




Muito se tem falado da necessidade de uma nova reforma na Igreja, a exemplo da reforma protestante, ocorrida no século XVI. Parece haver cada vez mais artigos e comentários na internet acerca do assunto, o que corrobora para o fato de que existe mesmo algo de errado.


Um dos mais renomados pregadores declarou recentemente: “tenho chegado a uma conclusão inequívoca, séria, preocupante: a igreja evangélica brasileira precisa passar por uma nova reforma.” A declaração deste homem de Deus reflete o pensamento de muitos crentes que anseiam por levar a sério nossa fé em Cristo. Mas estou certo de que o termo “nova reforma” não é o mais adequado para o que estamos buscando.


O problema de se alardear acerca da necessidade de uma “nova reforma” é a idéia errada que se pode ter disso. Quando se fala em reforma, pensamos em Lutero e suas 95 teses. Logo, ao se falar em “nova reforma”, não faltam candidatos a serem “novos Luteros” e a escreverem “novas teses”. A internet está cheia disso. Mas, definitivamente, não é este o caso! Não precisamos de novos Luteros e nem sequer de novas teses.


Após muito pesquisar e meditar no assunto, estou convencido de que nós, evangélicos, não precisamos de uma nova reforma; nós precisamos é de um retorno. Um simples retorno aos cinco pilares da reforma ocorrida meio século atrás. Isto porque os desvios da igreja evangélica de hoje são semelhantes aos desvios da igreja católica na época de Martinho Lutero. Um simples retorno às bases da reforma protestante, já resolveriam grande parte do problema, senão todo o problema.


Longe de ser um retrocesso, precisamos lembrar que os princípios fundamentais da reforma, que são chamados de “cinco solas”, são essenciais para uma prática cristã genuína. O retorno a estas bases já seria suficiente para que os evangélicos retornem ao padrão bíblico de Igreja. Se não, vejamos:


SOLA SCRIPTURA


O primeiro “sola” reafirma a Escritura como inerrante e única fonte de revelação divina escrita. A Bíblia ensina tudo quanto é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.


Ao retornar para o “só a Escritura”, negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale contrariando o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de nova revelação.


Retornando ao “só a Escritura”, seriam solucionados os seguintes problemas na Igreja:


A Igreja será menos influenciada pela cultura: Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes têm mais influência naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a própria Palavra de Deus.


A Igreja deixará de ser guiada pelo homem: Sonhos, visões, revelações e novas profecias, estranhas e fora das Escrituras, têm substituído a Bíblia em muitos púlpitos chamados evangélicos. Nós vemos evangélicos correndo atrás de verdadeiros gurus espirituais, pessoas que não examinam mais as Escrituras, pessoas que mal conhecem a Palavra de Deus.


A Igreja deixará de ser pragmática: O pragmatismo é o conceito que só busca resultados: “o que dá certo, sem se preocupar com o que é certo”. Atualmente, igrejas importam modelos de crescimento numérico, que deram certo em outras igrejas, sem passá-los pelo crivo das Escrituras.


SOLUS CHRISTUS


O “Somente Cristo” reafirma que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória de Jesus Cristo. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.


Ao retornar para o “somente Cristo”, negamos que o verdadeiro evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé nele não estiver sendo incitada.


Este retorno à centralidade de Cristo solucionaria os seguintes problemas:


A pregação voltará a ser cristocêntrica: Muitas pregações da atualidade não passam de palestras de motivação recheadas de versículos escolhidos por conveniência. São mensagens temáticas, centralizadas no ser humano, na grandeza do homem, na importância do homem, para satisfazer ao homem.


Acabam os “semi-deuses”: Uma vez que Cristo é suficiente para nosso relacionamento com Deus, acaba o conceito errôneo que leva um crente a depender de um líder para receber orientação, proteção e bênçãos. Em algumas igrejas existe uma pirâmide hierárquica, que aprisiona os crentes, ao mesmo tempo em que privilegia os líderes que estão no topo.


Acabam os mediadores: Sendo lembrado que Cristo é nosso único mediador, a velha prática romana de confessar os pecados ao homem não ameaçará mais nossa doutrina. Algumas igrejas evangélicas estão voltando a esta prática medieval, que já havia sido abolida.


SOLA GRATIA


O terceiro “sola” reafirma que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual para a vida espiritual.


Ao retornar para o “somente a graça” estamos negando que a salvação seja produzida por métodos, técnicas ou estratégias humanas. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.


Este retorno à verdade da graça de Deus solucionaria os seguintes problemas:


Acabaria com os sacrifícios em troca de bênçãos: Estamos vivendo um período em que algumas igrejas chamadas evangélicas estão desenterrando as indulgências da idade média. Pessoas querem comprar as bênçãos de Deus com dinheiro, rejeitando sua graça, seu favor imerecido.


Acabaria com o comércio da fé: Há líderes hoje que fazem do púlpito um balcão, do evangelho um produto, da igreja uma empresa e dos crentes consumidores. Há igrejas que mais parecem empresas, cuja finalidade é arrecadar dinheiro, do que agências do reino de Deus, cujo propósito deve ser pregar o evangelho da graça para salvação de almas. Este comércio acontece porque muitos crentes pensam que precisam aprender um novo método, ou estratégia, para se alcançar o favor de Deus, ou para se sentirem melhores, deixando de confiar na graça de Deus.


Traria um retorno ao verdadeiro evangelho: O evangelho é a boa nova da salvação, mas esta boa nova tem sido trocada, em muitas igrejas, por outros evangelhos: o da prosperidade (aceite Jesus para ser próspero), o da saúde (aceite Jesus e seja curado) e o da auto-estima (você é tão importante que Jesus morreu por você). Na verdade, somos tão pecadores que Deus precisou enviar seu Filho para nos salvar; e isto, não porque mereçamos, mas porque Deus é amor. Isto é a graça de Deus. E isto já é o bastante para nos constranger a servi-lo e adorá-lo pelo resto de nossas vidas, sem nenhum interesse, ou segundas intenções.


SOLA FIDE


O quarto “sola” reafirma que a justificação nos é concedida pela graça, mas somente por intermédio da fé em Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.


Ao retornarmos para o “só a fé”, negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja, mas negue ou condene o “sola fide” possa ser reconhecida como igreja legítima.


O retorno a fé em Cristo como suficiente para nossa justificação e relacionamento com Deus ocasionaria:


O fim do misticismo na Igreja: Quanto misticismo no meio evangélico! Quantas pessoas botando um copo d’água em cima do rádio, ou da televisão, achando que é preciso beber daquela água para receber milagres de Deus. Quantas pessoas que crêem numa rosa ungida, num lenço ungido, num tapete de sal, em coisas que brotam do misticismo e não das Escrituras Sagradas. Nós estamos vendo muitos evangélicos prisioneiros do mesmo misticismo pagão contra o qual Lutero protestou.


O fim de práticas desnecessárias para justificação: A mensagem do evangelho de Cristo é clara: arrependimento e fé. Mas, atualmente, práticas oriundas da psicologia e do esoterismo estão substituindo a simplicidade do evangelho. Em algumas igrejas os novos convertidos precisam preencher longas listas de pecados cometidos no decorrer de toda sua vida, a fim de renunciar um por um; do contrário, não se pode afirmar que foram perdoados. Ainda se faz pior: os neófitos são submetidos a uma seção de regressão, a fim de se relembrar traumas e pecados do passado, que serão também renunciados. Em outras igrejas, os novos crentes precisam passar por uma seção de “descarrego”, ou de libertação, na qual demônios são chamados pelo nome, para que se manifestem e sejam expulsos, antes que o crente passe pelo batismo. De onde se aprendeu isto? Certamente não foi da Bíblia, que nos ensina o arrependimento e fé como únicas e suficientes condições para sermos salvos, batizados e inseridos no reino de Deus.


Uma pregação e ensino mais sólidos: Uma vez que se eliminaram os substitutos da fé, a genuína fé precisa ser gerada e edificada nos crentes. Isto só é possível mediante a pregação e o ensino teologicamente corretos da Palavra de Deus. Os pregadores e professores perceberão que precisam dedicar-se mais ao conhecimento das Escrituras e a oração, a fim de pregarem e ensinarem a verdade com a unção de Deus.


SOLI DEO GLORIA


O “só a Deus glória” reafirma que a salvação é obra de Deus, e que por isso devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.


Ao darmos glória somente a Deus, negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos a vontade de Deus em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.


O retorno a devida glorificação da qual somente Deus é digno acarretaria:


A eliminação do entretenimento em nossos cultos: Apresentações que façam do altar um palco, dos membros espectadores, dos pastores animadores de auditório, não glorificam a Deus, ainda que se use a justificativa de que é feito para Jesus. Não glorificam pelo simples fato de que o Senhor nunca nos orientou realizar tais coisas para cultuá-lo.


O fim da era das “estrelas gospel”: Nós estamos vivendo hoje, na realidade evangélica brasileira, algo inédito na história da Igreja: o culto à personalidade. Estamos vendo hoje situações em que pregadores e cantores são tratados como verdadeiros astros de cinema, cobrando cachês para participarem de cultos. Muitos crentes, ao alimentarem esta prática, estão cometendo o pecado da tietagem evangélica. Isto precisa acabar!


O culto sendo somente para Deus: É comum ouvirmos crentes dizendo se gostaram ou não do culto. Isto ocorre porque o humanismo egoísta de nossa sociedade tem influenciado a Igreja. Existe um conceito não declarado de que o culto tem que agradar ao homem, quando na realidade o culto deve ser dirigido a Deus e somente para glória de Deus.


Como se vê, não necessitamos de “novos Luteros” e de “novas teses”. Não precisamos de uma nova reforma. Precisamos apenas, e urgentemente, de um simples retorno.
Por Alan Capriles
http://alancapriles.blogspot.com/

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tentação


"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca." Mt 26.41


Meu desejo é que você, através dessa mensagem, aprenda exercer domínio e vitória sobre seu maior inimigo: O pecado. Entenda, ele é a força destruidora da Criação, ele é o mal desse e de todos os séculos, ele é a causa de todos os males da humanidade, o grande obstáculo da Igreja.
Por ele temos sido golpeados de tal forma ao ponto do cristianismo desse tempo ser praticamente mundano, veja os cristãos: estão fracos, envolvidos em escândalos, dívidas, casamentos destruídos, não têm vida de oração, não conseguem ser intrépidos nem ousados e convivem em meio a crises de todas as espécies! Sabe o porquê desse cenário em sua vida?
Seus Pecados! E assim continuará – podendo se gravar ainda mais – à medida que você continuar a cedendo a esse tão grande vilão.
Temos que estar atentos às Escrituras e observar cuidadosamente os seus ricos ensinamentos. O nosso grande problema é que lutamos demais contra o pecado! Só que a maioria só luta contra o pecado já consumado e suas consequências trágicas: tomam sempre medidas remediadoras – mas não preventivas – e é isso que Jesus está ensinando, quando diz: "para que não entreis em tentação".
É sobre isso que quero discorrer com você nesse dia: Jesus ensina uma medida preventiva, uma forma de vencer, anular ou exercer domínio sobre o pecado. Vencendo a tentação! Nenhum pecado ocorre sem primeiro sermos tentados, ninguém "peca no susto", ou "sem querer". Estou dizendo que sempre que caímos em algum pecado, fomos primeiro tentados. Pode até haver pecados inconscientes, mas não serão esses que nos condenarão com maior força.
Pergunto-te, como você está lidando com isso? Jesus ensina "vigiai", isto é, estai em alerta, acordado, apercebido, você tem sido tentado? Quem tem mexido com você? Naturalmente, você que lê pode estar passando por situações embaraçosas. Aquela pessoa está mexendo com você? Você está entrando em um jogo de sedução, seu coração está balançando por essa pessoa e você é casado, ou essa pessoa é compromissada? Cuidado você esta sendo tentado a fazer uma besteira e comprometer ambos para o resto da vida! E quanto a tentação com o dinheiro ilícito? Você tem fácil acesso a numerários, cifras, contas bancárias, caixas, senhas, transporte de dinheiro, e isso está mexendo com você? Ou, possivelmente outras vezes já caiu nesses laços e deixou essas práticas mas agora está voltando?
Tentações! Quando chega determinada hora que você está sozinho, tem vindo desejos por pornografia, o material é de fácil acesso? Vídeos, internet, revistas... logo vem à mente o desejo de apenas de dar uma olhadinha? Somos tentados por tudo: desejos de vingança, sentimentos de ódio, vontade de proferir palavras ofensivas contra outros, situações que somos tentados a denegrir uma pessoa, humilhá-la, rebaixá-la. Sabemos que todas essas coisas são nocivas à "saúde cristã", e que são totalmente reprovadas pelo SENHOR, entretanto invariavelmente falhamos!
Nossa carne corrupta é inclinada à atender todos esse impulsos, somos tentados a tudo isso, e esses desejos – "tentações" – se alojam em nossas mentes. Preste atenção na sua mente, talvez você esteja dominado por pensamentos viciosos e desejos ilícitos de ter aquela pessoa, e tocar no seu corpo, cada pedaço dele está te atraindo: o cheiro, as palavras, como se você estivesse enfeitiçado... e você está alimentando isso, entrando nesse jogo, fazendo planos e pensando em estratégias esdrúxulas. O mesmo pode ser aplicado ao dinheiro, poder, riquezas, vingança, maldades, etc. Pois tudo isso é TENTAÇAO!
Mas, se acalme! Enquanto você não atendeu nenhum desses desejos, o pecado ainda não foi consumado. Não é pecado ser tentado, pois o próprio Jesus foi tentado (Mt 4.1-11). Não será creditada nenhuma culpa a você se você for tentado. O grande segredo é você vencer a batalha nesse ponto. É você não atender o desejo ilícito, é prevenir o pecado vencendo a tentação! Pois se você vencer a tentação, você vencerá o pecado! Ao invés de ficar sempre chorando o "leite derramado", você agora vai impedir que ele se derrame, e Jesus dá as dicas:
Vigiai: Muita gente ora para não pecar, ora na luta contra o pecado, mas se esquece de vigiar! Note: o vigiar vem antes do orar, vigiar significa: se policiar, estar em alerta, guardar o coração de sentimentos, é como se Jesus dissesse: "Neste mundo, enquanto vocês estiverem nele, tudo será como um campo minado. Tenham cuidado onde pisam, pois qualquer descuido é fatal"!
Ninguém que está numa guerra – e sabe que vai atravessar um campo minado – sai correndo descontrolado – como uma criança. Antes, essa pessoa é extremamente cuidadosa. É assim que devemos andar: se sabemos que algo ou alguém está mexendo conosco, deixaremos de ver, falar, flertar com essa pessoa, deixaremos aquela repartição, mudaremos de emprego, não passaremos mais em determinado lugar, não brincaremos com nossa carne, pois o próprio Jesus disse: "Ela é fraca". E de forma alguma brincaremos com nossos sentimentos, pois são eles são "enganosos".
O que você está esperando? Apague esse número de celular da sua agenda, corte relações com essa pessoa, pare de passar por aquele caminho que te leva ao pecado, tire os olhos dessa pessoa – você ou ela são casados! Não mexa nesse dinheiro mais, pare de ficar sozinho na empresa, tire sua mão daquilo que não é seu, antes que o pior aconteça! Fazendo assim, estaremos vigiando, não dando lugar à nossa natureza, nos policiando e nos examinando o tempo todo.
Orai: A oração é importantíssima, porque Jesus ensina que a carne – a "nossa natureza" – é fraca, débil, e é facilmente levada ao erro (pecado). Contudo, uma pessoa de oração é fortalecida pelo Espírito e terá recursos que pessoas normais não têm: recursos espirituais e sobre-humanos, que exercerão domínio sobre a carne e dificilmente algum desejo a dominará, anulando assim a tentação e jamais chegando ao pecado.
O que você está esperando? Vá orar nesse momento! Desenvolva uma vida poderosa de oração e deixe de ser esse "crente fraco" que vive caído, envergonhando a Igreja, os ímpios e o seu Senhor! Vamos orar, o resto é conversa!
Com esses princípios de Jesus, você não terá desculpa de cair em pecado, dizendo: "sou fraco, a tentação está sendo ou foi muito forte e eu não suportei". Vejamos o que o apóstolo Paulo nos revela na sua carta aos Coríntios: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (1Co 10.13).
Deus conhece os limites e as fraquezas de cada um e não permite que algo desumano ou insuportável te acometa. Eu aprendo, nesta passagem, que na verdade quando pecamos é porque aceitamos pecar, decidimos pecar, os cristãos que são tentados e pecam deliberadamente são porque quiseram pecar, pois junto com a tentação Deus provê os escapes, recursos, forças, autoridade. Veja mais uma vez que ensinamento fantástico e que princípio tremendo para vencer e dominar nosso grande inimigo (o pecado),o segredo é "dominar a tentação".
Talvez você estivesse precisando exatamnete dessa palavra, talvez você nunca se atentou ou entendeu a tremenda importância de lidar com a tentação. Agora ao invés de sempre remediar, lidando com o pecado já consumado e com suas consequências desastrosas – e quão triste isso é – você aprendeu que pode prevenir o pecado antes que ele se consume.
O que você deve fazer? Interceptar o pecado! Como? Lute com as tentações. Eu sei que são muitas e que vêm de todos os lados e de todas as formas. Recorra a Deus em oração, Ele te concederá forças para que você vença todas, sempre provendo escape ao crente fiel e sincero. Aprenda a vigiar, sempre estando em alerta.
Agindo assim, você verá quantos resultados positivos irá colher e que cristão forte e poderoso poderá se tornar a partir de agora, pois Paulo escreveu : "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Rm 6.14).

Paulo Junior
Fonte: www.aliancadocalvario.com

A Malignidade do Pecado - John Flavel


Se a morte de Cristo foi aquilo que satisfez a Deus em favor de nossos pecados, existe uma infinita malignidade no pecado, visto que ele não pôde ser expiado de outro modo, senão por meio de uma satisfação infinita. Os tolos zombam do pecado, e existem poucas pessoas no mundo que se mostram verdadeiramente sensíveis a respeito de sua malignidade. No entanto, é certo que, se Deus exigisse de você a penalidade completa, os sofrimentos eternos não seriam capazes de expiar a malignidade que se encontra em um só pensamento pecaminoso. Talvez você pense que é muito severo o fato de que Deus sujeitaria as suas criaturas aos sofrimentos eternos por causa do pecado e nunca mais ficaria satisfeito com elas.
Quando, porém, você considerar bem a verdade de que o Ser contra o qual você peca é o Deus infinitamente bendito e meditar em como Ele agiu em relação aos anjos que caíram, você mudará de idéia. Oh! Que malignidade profunda existe no pecado! Se você deseja entender quão grave e horrível é o pecado, avalie seus próprios pensamentos, quer à luz da infinita santidade e excelência de Deus, que é ofendido pelo pecado; quer à luz dos sofrimentos de Cristo, que morreu para oferecer satisfação pelo pecado. Então, você obterá compreensões profundas a respeito da gravidade do pecado.

Se a morte de Cristo satisfez a Deus e, conseqüentemente, nos redimiu  da maldição do pecado, a redenção de nossa alma é caríssima. As almas são preciosas e muito valiosas diante de Deus. “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pe 1.18-19). Somente o sangue de Deus é um equivalente para a redenção de nossa alma. Ouro e prata podem redimir-nos da servidão humana, mas não podem livrar-nos da prisão do inferno. Toda a criação não vale a redenção de uma única alma. As almas são muito preciosas; Aquele que pagou o preço da redenção delas pensou nisso. Mas os pecadores vendem por um valor muito baixo as suas próprias almas. Se a morte de Cristo satisfez a Deus no que diz respeito aos nossos pecados, quão incomparável é o amor de Deus para com pobres pecadores! Se Cristo, por meio de sua morte, consumou uma plena satisfação pelo pecado, Deus pode perdoar com segurança o maior dos pecadores que crer em Jesus.



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quantos Pecados eu tenho? - C. H. Spurgeon



Quantas culpas e pecados tenho eu ?
Jó 13.23

Você já considerou quão grande é o pecado do povo de Deus? Pense na seriedade de suas próprias transgressões. Que grande coleção de ofensas existe nos mais santificado dos filhos de Deus! Multiplique o pecado de um redimido pela multidão de todos eles — uma "multidão que ninguém" pode enumerar (Apocalipse 7.9), e você obterá uma idéia sobre a grande quantidade de culpa do povo em favor do qual Jesus derramou seu sangue.

Adquirimos uma boa idéia a respeito da magnitude do pecado, por meio da apreciação da grandeza do remédio providenciado — o sangue de Jesus Cristo, o único e amado Filho, o Filho de Deus!

Os anjos depositam suas coroas diante dEle. Todas as sinfonias do céu rodeiam seu glorioso trono. Ele é "sobre todos, Deus bendito para todo o sempre" (Romanos 9.5). Apesar disso, o Senhor Jesus tomou para Si a forma de servo, foi açoitado, esmurrado, ferido e, por fim, crucificado. Nada, exceto o sangue do Filho de Deus encarnado, pôde fazer expiação pelas nossas ofensas.

Nenhuma mente humana pode estimar o valor infinito do sacrifício divino. Embora o pecado do povo de Deus seja grande, a expiação que remove os pecados deles é infinitamente maior. Portanto, mesmo quando o pecado vem sobre nós como uma inundação e a lembrança de coisas passadas é amarga, o crente pode permanecer firme diante do resplandecente trono do grande e santo Deus, clamando: "Quem os condenará? E Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou" (Romanos .8.34).

Enquanto a recordação dos pecados do crente o enche de vergonha e tristeza, ele utiliza essa recordação para manifestar o resplendor da graça de Deus. A culpa é uma noite bem escura em que a belíssima estrela do amor divino resplandece com sereno esplendor.